15 abr 2025

Nosso time de Ativos Digitais, Blockchain e Web3 apresenta os principais assuntos e notícias que foram relevantes durante os últimos dias.

O objetivo deste informativo é deixar nossos clientes e contatos por dentro de todos os temas que foram repercutidos nas mídias.

Surgindo dúvidas, os profissionais da equipe de Ativos Digitais, Blockchain e Web3 do Villemor Amaral Advogados estarão à disposição para esclarecimentos adicionais.

Confira o conteúdo abaixo:

 

  • Brasil desponta como referência global em tokenização de ativos do mundo real

Estudo recente da Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto) aponta o Brasil como um dos mercados mais promissores do mundo na adoção de soluções de tokenização de ativos reais. Com um volume superior a R$ 400 bilhões movimentados em ativos digitais em 2024, o país se consolida como liderança regional, impulsionado por ambiente regulatório em desenvolvimento, adesão institucional crescente e amadurecimento das plataformas de tokenização. O avanço reforça a necessidade de políticas públicas e marcos normativos que sustentem esse novo ciclo de inovação financeira.

 

  • BIS destaca papel da tokenização no redesenho do mercado financeiro tradicional

Relatório publicado pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS) chama atenção para o potencial transformador da tokenização na reorganização dos mercados financeiros globais. O documento enfatiza que modelos tokenizados podem aumentar a eficiência, reduzir custos e ampliar o acesso a instrumentos financeiros, sobretudo em países emergentes. A experiência brasileira é citada como um caso emblemático de adoção responsável e estratégica, especialmente pelas iniciativas do Banco Central e da CVM no fomento à inovação segura e regulada.

 

  • Banco BV lança FIDC tokenizado com foco em infraestrutura tecnológica

A Comissão de Valores Mobiliários aprovou a ampliação do escopo regulatório da BEE4, que passa a atuar formalmente como Balcão Organizado e Central Depositária. Com foco na negociação de valores mobiliários emitidos por pequenas e médias empresas, a plataforma utiliza infraestrutura baseada em blockchain para garantir maior transparência, rastreabilidade e eficiência às operações. A decisão da CVM representa um passo importante para a democratização do mercado de capitais e para a consolidação de ambientes regulados voltados à tokenização de equity.

 

  • Parceria bilionária entre Liqi e XDC impulsiona tokenização de crédito no Brasil

A fintech brasileira Liqi firmou acordo estratégico com a rede blockchain XDC para tokenizar até US$ 500 milhões em ativos de crédito no mercado nacional. A operação abrange recebíveis, dívida privada, instrumentos do agronegócio e ativos imobiliários, e representa uma das maiores iniciativas de tokenização da América Latina. O movimento reforça a tendência de integração entre infraestruturas blockchain globais e emissores locais, criando novos canais de liquidez para ativos ilíquidos e abrindo espaço para a entrada de investidores estrangeiros no mercado brasileiro.

 

  • China amplia uso internacional do yuan digital e desafia hegemonia do dólar

O Banco Popular da China anunciou a expansão do yuan digital para pagamentos transfronteiriços com dezenas de países asiáticos e do Oriente Médio, em um movimento que busca reduzir a dependência do sistema SWIFT e fortalecer o papel da moeda chinesa no comércio internacional. A medida acelera a transição para um novo padrão de liquidação digital entre países e reacende o debate sobre a soberania monetária em um ambiente global de moedas digitais emitidas por bancos centrais (CBDCs).

 

  • Fundos de pensão são proibidos de investir em criptoativos no Brasil

Resolução recém-publicada pelo Conselho Monetário Nacional proíbe as entidades fechadas de previdência complementar (fundos de pensão) de realizar aplicações diretas em criptoativos. A norma busca preservar a segurança dos recursos de longo prazo sob gestão dessas entidades, diante dos riscos de volatilidade e de governança associados a esse tipo de ativo. A medida, no entanto, reacende discussões sobre a necessidade de diferenciação regulatória entre ativos digitais e a adoção progressiva de critérios de qualificação institucional no setor.